domingo, 26 de setembro de 2010

Fiquei doente e agora?

Vamos falar de saúde!
   Essa é uma questão muito delicada para tod@ e qualquer imigrante. Em um momento de fragilidade, quando ficamos doente e  estando em um país estranho e longe de nossos amig@s e familiares, vem a tona todos os tipos de medo e insegurança.
   Aqui já vi muitos casos de brasileir@s se recusarem a ir ao hospital público, com medo de ser pego pela polícia por não ter residência. ISSO NÃO É VERDADE, NENHUM IMIGRANTE É PRESO OU LEVADO PELO SEF EM HOSPITAIS OU SERVIÇOS DE URGÊNCIA.
Independente da tua situação no país, você tem direito a um atendimento médico, basta somente apresentar um documento de identificação, repito, não é preciso estar regularizado para poder usar os serviços de saúde.
   É claro que há muita confusão nos serviços administrativos de saúde, que se guiam pela lógica do senso comum e por vezes discriminam @s imigrantes irregulares, por achar que imigrantes sem residência não tem direito a nada. Mas isso é uma mentira, e a saúde é um direito humano universal, e se caso você venha a ser impedid@ de ter qualquer tipo de tratamento por esse motivo, reclame, peça para falar com alguém superior e deixe uma queixa no Livro de Reclamações.
   O sistema de saúde pública português é universal, mas comparticipado, o que quer dizer que cada cidadã(o) paga uma taxa mínima pelos seus serviços. Uma consulta fica em torno de 2,50€, e uma consulta de emergência fica em torno de 9 €. Tudo está tabelado, é preço fixo que você pode saber de antemão para evitar de ser burlad@. Essa taxa fica um pouco maior caso você não tenha feito descontos para a segurança social.
   Aqui acontecem a maioria das confusões, porque muitas vezes @s imigrantes tem em dia sua contribuição na segurança social, mas não estão regularizados, e os serviços de saúde registram as pessoas nos centros de saúde como temporárias, ou seja,  os utentes (usuários) temporários são os que pagam as taxas maiores. Porém essa categoria temporário se enquadra para aquelas pessoas que não estão contribuindo para a Segurança Social, e não para casos de imigrantes irregulares. Toda e qualquer pessoa que paga a Segurança Social tem direito a ter um registro permanente nos centros de saúde e pagar as taxas menores. Atenção a isso, porque muitos imigrantes estão pagando a mais os serviços de saúde sem saber.
   Você tem que fazer a inscrição no centro de saúde (posto de saúde no Brasil) do seu bairro, não pode ser em outro. Para a inscrição é preciso levar um documento de identificação, um comprovante de morada e seu número da segurança social. No centro de saúde vão lhe atribuir um médico de família, que vai te acompanhar em todos os seus casos de enfermidade, se precisar de algum tratamento especializado, este só pode ser indicado pelo seu médico de família. Geralmente seu médico de família será o mesmo para toda a sua família, o nome não é por acaso. Muitas vezes há falta de médicos de família nos centros de saúde, e você então passa a ser atendido pelo médico do dia, até chegar a sua vez de ser atribuído um médico permanente.
   Para saber qual o centro de saúde do seu bairro basta ir a Junta de Freguesia se informar.

No próximo post falarei das diferenças entre o sistema de saúde pública e os planos de saúde privados.
até já!

3 comentários:

  1. Eu fiquei internada uma semana em portugal pois eu tenho só um rim e tive infecçao,eu estava morando na espanha e estava de férias em portugal, agora eles me dizem que eu tenho que pagar a internaçao.
    Me disseram que eu teria que ter um documento emitido pelo ministerio da saúde do brasil, eu tentei mas nao deu tempo de chegar no brasil antes de eu receber auta.
    Agora eu vim ao Brsil pra tentar no miniterio da saúde, eles me informaram que nao podem fazer o documento retroativo.
    O que eu posso fazer agora pra nao ter que pagar.

    Alguem pode me ajudar.

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